Artigo publicado originalmente em 16/07/2012
Por que será que reencarnamos tantas vezes? Pela dificuldade que temos em obter o controle sobre nós mesmos, sobre nossa mente, sobre nossas ideias.
Você acredita que é bom o suficiente para fazer o que você faz? Você acredita que pode fazer mais do que você está fazendo? Nós sempre podemos fazer mais e melhor do que estamos fazendo. Todos nós. Eu, você, todo mundo.
Por que não fazemos? Por causa das limitações que nos impomos. Desde crianças construímos algumas imagens distorcidas da realidade, em que dizemos a nós mesmos que não somos bons o suficiente. Eu disse desde crianças, né? Mas há quantos milênios estamos alimentando essa crença na limitação de nosso poder? Há quantas reencarnações trazemos conosco o conceito errôneo de que não somos capazes de realizar determinadas coisas?
Pelo ângulo do espírito imortal que somos, não sabemos exatamente o que é o melhor para nós. Não temos conhecimento e experiência suficientes para calcular os prós e contras de cada oportunidade que nos aparece, de cada situação com que nos deparamos. Mas temos em nossa natureza a noção do que é o melhor. Tudo o que fazemos pensamos ser o melhor. Mesmo quando agimos mal, mesmo quando cometemos erros brutais, sempre o fazemos pensando ser o melhor para a ocasião.
É preciso muito tempo e experiência para aprendermos a calcular os resultados de nossas ações, para elaborarmos uma noção mais desenvolvida do que é o melhor. Por que será que temos que reencarnar tantas vezes? Justamente pela dificuldade que temos em obter o controle sobre nós mesmos, sobre nossa mente, sobre nossas ideias. Nosso aprendizado é lento, mas sólido. Depois que apreendemos conceitos morais importantes, não voltamos atrás. A reforma íntima alcançada é patrimônio seu. A elevação moral é um caminho sem volta.
Mas o fato é que sempre queremos o melhor. Sempre queremos ser melhores, sempre queremos fazer melhor do que estamos fazendo. Você não? Espere um pouco. Seja sincero com você mesmo. Não tem ninguém observando, é só você e sua consciência: Você acha que o que você faz é o seu melhor? Em todas as áreas de sua vida: pessoal, familiar, profissional, enfim; você dá o melhor de si?
Se você lembrar que você é imagem e semelhança de Deus, portanto perfectível, é claro que tem muito o que melhorar, em todos os setores da sua vida. Mas é preciso ter cuidado para não confundir essa cobrança interna com sentimento de culpa. Tudo o que você faz é tentativa de acerto. Não deixe de tentar. Não desista nunca. Mas aceite a verdade: você é imagem e semelhança de Deus, e tudo o que você faz de errado, são tentativas frustradas de assumir sua perfeição.
Você tende à perfeição, você será perfeito um dia, a perfeição existe dentro de você. É isso mesmo. Toda a perfeição já está dentro de você, e tudo o que você pensa, fala e faz são tentativas de assumir, de tomar posse dessa perfeição que já é sua, que já lhe pertence.
Pense melhor de você! Queira melhorar, sim. Mas, antes de mais nada, queira melhor a você mesmo! Aceite a ideia de que você pode muito, muito mais. Você tem o poder infinito de Deus dentro de você. Assuma o seu cargo de filho de Deus, tome posse do seu poder. Ele é seu.