Começamos hoje a publicar a oração que Jesus nos ensinou, dividida em uma invocação inicial e sete petições. O “Pai Nosso” está contido no Sermão da Montanha, no Evangelho de Mateus. Mateus nos conta que Jesus nos alertou para que não oremos para chamar a atenção, e que não adianta repetir muitas vezes as mesmas palavras e frases, pois não é por falarmos muito ou por gritarmos que nós seremos ouvidos por Deus.
Os textos são parte integrante do nosso livro Evangelho sem Mistérios, que você pode ler clicando sobre o título.
“Pai nosso que estás nos céus”.
É diretamente a Deus que estamos nos dirigindo. É uma invocação a Deus que será seguida de sete petições a Deus.
Emmanuel nos ensina que o supremo doador da vida deve constituir, para nós todos, o princípio e a finalidade de nossas tarefas.
Jesus não nos dá, em momento algum, explicações filosóficas a respeito da natureza de Deus. A primeira pergunta de O Livro dos Espíritos é: – Que é Deus? – E a resposta dos espíritos é objetiva: – Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Logo adiante eles alertam que não podemos duvidar da existência de Deus e que isso é o essencial, não podemos ir além disso. Não temos condições de ir além disso.
E qual é o modo como Jesus se refere a Deus? Como Pai. Jesus nos apresenta o Creador como o Pai de todos nós. Um Pai amoroso e bom, que tudo provê aos seus filhos, que sempre nos oferece novas oportunidades para o nosso aprendizado.
É ao Pai que nos dirigimos na oração. E este Pai é nosso, não é somente meu ou seu, é Pai de todos nós; consequentemente, somos irmãos espirituais. Temos a mesma paternidade divina.
“Que estás nos céus”.
O Evangelho foi escrito originalmente em grego. No texto grego a palavra traduzida como céus é ouranós – que não é um lugar definido, mas é a atmosfera que envolve a Terra. Representa o espaço infinito, pois Deus está em toda parte, inclusive dentro de nós, suas creaturas.