Você conhece o modo mais eficaz para a cura da obsessão? É muito comum pessoas procurarem o Espiritismo em momentos de grande dificuldade em busca de uma solução para os seus problemas. Desemprego, dramas conjugais, doenças graves.
Algumas obtém melhoras, outras não. Sabemos que há casos de doenças ou limitações físicas que fazem parte da bagagem espiritual da pessoa, o que chamam de carma. O máximo que se conquista é o alívio, mas para isso é preciso ajudar a si mesmo.
Muitas dificuldades se manifestam através de obsessões; companhias espirituais de baixo padrão vibratório com o propósito deliberado ou não de prejudicar. Quando os obsessores são afastados, a pessoa pode sentir-se curada. Na maior parte das vezes, esquece o problema e não modifica nada a si mesma. Logo tudo recomeça, às vezes com agravantes.
Não existem respostas prontas para os problemas que afligem a população encarnada. Essas pessoas que buscam uma cura rápida no centro espírita agem como um paciente desleixado, que vai ao médico, recebe o remédio, mas não muda a conduta que gerou sua doença.
A cura está dentro de cada um. Só você pode curar a si mesmo. O médico lhe receita um remédio, você toma e fica temporariamente bom. Mas se permanecer com os mesmos costumes prejudiciais, se não se reeducar, a doença volta com força. Espiritualmente acontece a mesma coisa. Se não houver mudanças no seu modo de pensar, falar e agir, a cura não ocorrerá; todas as medidas serão apenas paliativas.
Somos responsáveis pelos nossos atos, e colhemos aquilo que plantamos. O que não plantamos nesta reencarnação, plantamos no passado. E não adianta dizer que não se lembra. Estude a si mesmo, perceba o quanto há para ser mudado. Quanto antes você começar, melhor. A maioria das nossas falhas de caráter são as mesmas há séculos. Se percebermos como somos hoje, saberemos como fomos ontem e o que devemos modificar em nós para um melhor amanhã.
Muitas pessoas acham difícil abandonar seus velhos hábitos, seus vícios e preconceitos. Não acham graça numa vida sem vícios, sem prazeres espalhafatosos, numa vida razoavelmente correta. São espíritos que nunca se elevaram acima da esfera carnal, nunca subiram além da matéria densa. Estão engessados, fechados a qualquer chamado mais íntimo, não aceitam que se toque em nada que fira o seu orgulho.
A maior parte dos casos de obsessão ocorre com a conivência do obsediado. Seu comportamento grosseiramente material, suas atitudes emperradas e duras, sua mente fechada e lacrada para qualquer pensamento novo formam a condição perfeita para uma verdadeira simbiose, onde há livre permuta de fluidos e sensações entre encarnados e desencarnados.
Essas pessoas abrem os olhos para a realidade quando levam um grande choque emocional. Precisam de uma forte sacudida para despertarem para a necessidade da sua reforma íntima. Se não foi assim com você nesta vida, foi assim no passado. É ilusão querer pensar que aprendemos por bondade, que nos submetemos docilmente às leis divinas no passado. Por isso temos que ser compreensivos. Esses comportamentos que desaprovamos já foram nossos. Já tivemos nossas revoltas e teimosias. Você ainda tem?