Evangelho

O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca

não é o que entra pela boca que contamina

Morel Felipe Wilkon

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“O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem.” Mt 15:11

Nada do que vem de fora de você pode lhe atingir intimamente. Não temos controle total sobre a matéria. Se alguém atirar uma pedra em você, a pedra pode atingi-lo. Mas um mau pensamento, uma má palavra, uma má intenção qualquer só irá atingi-lo se você permitir. Essa permissão não precisa ser consciente. Basta que haja afinidade entre o seu padrão de pensamentos e o pensamento que é dirigido a você.

Do mesmo modo, bons sentimentos, pensamentos positivos e palavras de ânimo só encontrarão eco em seu íntimo se você estiver intimamente de acordo com eles.

menino e o porco
Não é o que entra pela boca que contamina…

Você não pode depender de nada externo para sentir-se bem. A felicidade não pode depender de fatores externos. Nem físicos, nem emocionais, nem mentais. A felicidade é um estado íntimo de ser, é uma maneira individual de ser, e esse estado único depende unicamente do seu Eu interior.

A felicidade não está nos prazeres físicos. Prazeres do paladar, do estômago, da pele, do toque, do sexo, dos sentidos físicos. A felicidade não está em determinados estados emocionais, não está na alegria, no riso, no contentamento com as coisas. A felicidade não está no saber, nas descobertas, na compreensão. Estes fatores proporcionam bem-estar, e este bem-estar pode dar a ideia de felicidade, mas não é a felicidade.

A felicidade vem de dentro pra fora, não de fora pra dentro. Qualquer sensação, emoção ou sentimento que dependa de fatores externos não é felicidade. Qualquer dependência de coisas ou pessoas está fadada à interrupção, pois estas coisas ou pessoas não ficarão eternamente à sua disposição.

A felicidade é um estado de ser, e não depende de nada que existe fora de você. É um estado íntimo de completude, de saber que se é e sentir que isso basta. Quem já experimentou a felicidade pode considerar-se feliz. Pode não estar feliz, pode não viver feliz, mas conhece a felicidade, sabe que ela existe, e tem convicção de que senti-la permanentemente é uma questão de tempo.

Não estamos prontos para vivermos felizes. O estágio evolutivo em que nos achamos, neste planeta de aprendizado, exige de nós ainda muito esforço e desenvolvimento até que tenhamos condições de experimentar a felicidade duradoura, constante. Isso pode levar muitas reencarnações, pode consumir um tempo incalculável. Não importa. Quem já sentiu a felicidade, quem sabe como ela é, por pouco que seja, por um vislumbre apenas, compreende a sua natureza e aceita de bom grado o esforço que ainda há de ser despendido para que haja o merecimento do estado de ser feliz.

Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas o que sai da boca. Não é o que vem de fora que faz dele o que ele é, mas o que ele externaliza, o que ele joga para o universo. Não é o que atinge o homem que o faz feliz, mas o que sai do seu íntimo, o que ele tem dentro de si, o que ele é de verdade, a sua natureza de filho de Deus, substância divina, imagem e semelhança de Deus.

Não é o que entra no homem através dos sentidos físicos que o faz feliz. Não é a música, o perfume, o toque suave, o sabor agradável, a paisagem deslumbrante. Nada disso o faz feliz. Ele pode sentir-se bem com isso se estiver receptivo a isso. Mas o que o faz feliz independe do exterior. O que o faz feliz é o que ele exterioriza, o que ele oferece ao mundo, o que ele dá de si mesmo, o que ele acrescenta aos que convivem com ele, o que ele faz do seu universo particular.

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