Reforma íntima

O poder do livre-arbítrio

livre arbítrio

Morel Felipe Wilkon

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O poder do livre-arbítrio é nos fazer co-creadores com Deus. Isso faz toda a diferença. Não somos apenas creaturas de Deus, não somos somente expectadores da Natureza e da Vida, não estamos aqui só para disputarmos um papel de protagonistas em meio à massa de coadjuvantes.

Costumo dizer que só o conhecimento nos leva a evoluir, e é verdade. Mas é preciso deixar claro que só o conhecimento, sem a prática deste mesmo conhecimento, não vale muita coisa. Através do conhecimento vamos tomando consciência de nossa realidade íntima de filhos de Deus, creados à sua imagem e semelhança, portanto, perfectíveis.

Mas há espíritos encarnados e desencarnados extremamente desenvolvidos intelectualmente, cheios de conhecimentos, e que não acrescentam nada de útil e construtivo à Vida. No livro Exilados de Capela, de Edgard Armond, vemos que nosso planeta, milênios atrás, foi colonizado por espíritos vindos de um mundo muito distante, que já havia progredido bastante. A maioria dos seus habitantes havia evoluído intelectual e moralmente. Mas alguns desenvolveram apenas o aspecto intelectual. Moralmente continuavam atrasados, sem condições de permanecer acompanhando os seus companheiros. Eles foram exilados para a Terra, nos trazendo a sua bagagem intelectual, que nos permitiu os primórdios da civilização humana, e, ao mesmo tempo, tiveram nova oportunidade de aprendizado, em condições difíceis, em meio a povos selvagens, num planeta rude.

A verdade vos libertará

Deus criou o homem
Somos co-creadores com Deus

Não basta se elevar apenas intelectualmente. É preciso ser bom. Verdade que Jesus disse que bom, mesmo, só Deus. Mas quando somos bons estamos sendo instrumentos de Deus. Enquanto o homem que só avançou intelectualmente apenas descobre coisas, decifra leis da Natureza que já existem, o homem bom, o homem que se desenvolveu moralmente é um creador de valores novos. As grandes invenções humanas, as leis descobertas pelos físicos, químicos e matemáticos apenas revelam fatos já existentes. A eletricidade existe de qualquer maneira, independente das leis explicadas pelos homens. As ondas eletromagnéticas são um fato que independe de sua compreensão. Um celular ou um rádio funcionam mesmo se não acreditarmos ou não compreendermos como eles funcionam. Porque as leis que regem o seu funcionamento são fatos existentes por si sós, sem dependência dos homens.

O homem bom, o homem que desenvolve e pratica o seu aspecto moral, ele faz existir coisas que antes não existiam. Ele faz com que surja a compreensão da grandeza da Vida e de Deus; ele faz com que se experimente, mesmo que por alguns momentos, o amor pelo amor, o sentimento que não depende de nenhum fator externo para existir; ele faz com que as ideias elevadas a respeito dos ensinamentos cósmicos de Jesus se propaguem, e que mais pessoas se modifiquem internamente. O homem bom é creador de bondade. Ele faz com que surjam bons sentimentos, pensamentos elevados, palavras de bom ânimo e ações construtivas e úteis onde antes não havia nada.

Todo o progresso intelectual trouxe à tona conhecimentos acerca de fatos que já existiam, o que o homem fez foi realizá-los.

Todo o progresso moral ensejou mudanças profundas e significativas na estrutura humana. O homem humanizou-se e caminha em direção à divinização por sua união com Deus graças à ação de homens bons, graças à ação de espíritos que reencarnaram com o objetivo de crear valores morais onde antes não existia nada.

O livre-arbítrio é o poder creador que Deus nos concedeu. Por meio do livre-arbítrio construímos causas para nós mesmos. Forjamos as causas que desencadearão efeitos que colheremos mais tarde.

O limite do livre-arbítrio

Ao que tem se dará; ao que não tem até o que tem perderá:

O poder creador do livre-arbítrio, quanto mais utilizado, quanto melhor aplicado, mais livre-arbítrio teremos. Se não o utilizarmos, se seguirmos pela vida como gado na manada, se vivermos como autômatos, como CBDs, como zumbis controlados por controle remoto, atrofiamos o nosso livre-arbítrio, o perdemos pouco a pouco, nos tornamos cada vez mais sujeitos passivos da Lei de causa e efeito, sem condições de alterar a sua aplicação, pouco nos diferenciando dos animais.

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