Eu assisti a um trecho de uma palestra do Haroldo intitulado “Espírito de Verdade: quem é ele?”
Eu preciso dizer, antes de mais nada, que eu respeito a atitude de quem edita uma palestra e publica no Youtube para divulgação – a intenção é divulgar o Espiritismo. E também respeito o Haroldo, embora não concorde com a linha de trabalho que ele vem adotando – a meu ver exageradamente religiosa, e, consequentemente, tendenciosa. Todo religiosismo é tendencioso. E isso dentro do Espiritismo é profundamente lamentável.
Nesse vídeo o Haroldo está lendo o livro Obras Póstumas, de Allan Kardec. Mais precisamente, o título “Meu Guia Espiritual”. Kardec relata que uma noite, estando em casa, ouviu repetidas pancadas na parede do seu aposento. Quando ele ia procurar a origem das pancadas, elas cessavam. Isso durou até a meia-noite. No dia seguinte, numa sessão espírita na casa de amigos, Kardec pergunta sobre o que tinha acontecido e o espírito comunicante orienta Kardec a perguntar ao próprio espírito que tinha provocado as pancadas, que estava ali presente.
Esse foi o primeiro contato de Kardec com o Espírito de Verdade – o espírito que provocou as pancadas foi o Espírito de Verdade. O Haroldo trata o caso como se o Espírito de Verdade fosse o espírito familiar de Kardec, embora o próprio Kardec explique, em nota, que nessa época dava-se a todos os espíritos simpáticos a denominação de “espírito familiar”.
Daí o Haroldo pula para uma mensagem assinada pelo Espírito de Verdade na Revista Espírita de Maio de 1864. Essa mensagem é sobre o lançamento do livro O Evangelho segundo o Espiritismo:
Acaba de aparecer um novo livro; é uma luz mais brilhante que vem clarear a vossa marcha. Há dezoito séculos, por ordem de meu Pai, vim trazer a palavra de Deus aos homens de boa vontade. Esta palavra foi esquecida pela maioria dos homens, e a incredulidade, o materialismo vieram abafar o bom grão que eu tinha depositado em vossa Terra. Hoje, por ordem do Eterno, os Espíritos bons, seus mensageiros, vêm a todos os pontos do globo fazer ouvir a trombeta retumbante. Escutai suas vozes; são destinadas a vos mostrar o caminho que conduz aos pés do Pai celestial. Sede dóceis aos seus ensinos; os tempos preditos são chegados; todas as profecias serão cumpridas.
Pelos frutos se conhece a árvore. Vede quais são os frutos do Espiritismo: casais onde a discórdia tinha substituído a harmonia voltaram à paz e à felicidade; homens que sucumbiam ao peso de suas aflições, despertados pelos acordes melodiosos das vozes de além-túmulo, compreenderam que seguiam o caminho errado e, envergonhados de suas fraquezas, arrependeram-se e pediram força ao Senhor para suportarem as suas provações.
Provações e expiações, eis a condição do homem na Terra. Expiação do passado, provações para o fortalecer contra a tentação, para desenvolver o Espírito pela atividade da luta, habituá-lo a dominar a matéria e prepará-lo para as alegrias puras que o esperam no mundo dos Espíritos.
Há muitas moradas na casa de meu Pai, disse-lhes eu há dezoito séculos. O Espiritismo veio tornar compreensíveis estas palavras. E vós, meus bem-amados, trabalhadores que suportais o calor do dia, que credes ter de vos lamentar da injustiça da sorte, abençoai vossos sofrimentos; agradecei a Deus, que vos dá meios de quitar as dívidas do passado. Orai, não com os lábios, mas com o coração melhorado, a fim de que possais ocupar melhor lugar na casa de meu Pai. Como sabeis, os grandes serão humilhados, mas os pequenos e os humildes serão exaltados. (os grifos são meus)
– O que é que nós vemos nessa mensagem?
Um monte de chavões do Evangelho: “meu pai”; “pai celestial”; “pelos frutos se conhece a árvore”; “há muitas moradas na casa de meu pai”; “os grandes serão humilhados, os humildes serão exaltados”…
Isso qualquer um que esteja familiarizado com a linguagem do Evangelho pode escrever. Aliás, o próprio Kardec diz, logo abaixo dessa comunicação, que a mensagem pode ser do Espírito de Verdade. O Haroldo ignora essa parte e afirma que ela é do Espírito de Verdade – e conclui, obviamente, que o Espírito de Verdade é Jesus.
Menos, Haroldo, bem menos.
Allan Kardec disse, a respeito do Espírito de Verdade, que ele o ajudava muitas vezes, inclusive em questões materiais.
– Dá para imaginar Jesus se imiscuindo em questões materiais da vida de alguém?
Ou, pior que isso:
– Dá para imaginar Jesus dando pancada nas paredes da casa de alguém?
Alguém pode dizer:
– Ah, mas não era de qualquer alguém, era de Kardec, “o incansável codificador”, “o mestre lionês”!
Quando nós estamos inseridos dentro de um determinado meio, nós somos influenciados pelas ideias desse meio. O espírita, evidentemente, é influenciado pelo meio espírita; a tendência do espírita é acreditar em que tudo o que é dito pelo Espiritismo popular – sem se questionar.
A doutrina de Kardec é tida no meio espírita como uma revelação. Eu mesmo já me referi à Doutrina Espírita como a terceira revelação.
Mas quando nós deixamos um pouco de lado o conjunto de crenças que nós adotamos – ou, falando mais abertamente: quando nós expelimos da cabeça parte da lavagem cerebral que nós recebemos (por que isso aí é lavagem cerebral! Eu ouço muitos espíritas dizendo que os evangélicos fazem lavagem cerebral, mas o que é que o Haroldo está fazendo?) nós nos damos conta de que muitas seitas, muitas correntes de pensamento se apresentam como revelações!
- Ellen White, uma das fundadoras da Igreja Adventista, diz que recebeu a sua obra – que é imensa – em revelação;
- Joseph Smith, fundador da Igreja dos santos dos últimos dias, mais conhecidos como mórmons, também afirma ter recebido uma revelação, e a sua obra é uma obra respeitável;
- Helena Blavatzki, embora a sua obra não se apresente como revelação, ela é maior e mais aprofundada que a de Kardec;
- Masaharu Tanigushi, fundador da Seicho-no-ie;
- fora as inúmeras obras esparsas, que não chegaram a constituir uma seita ou religião nova, como o livro de Urântia, a coleção Harpas Eternas, ou as Cartas de Cristo, que uma mulher de 80 anos recebeu no ano 2000.
Eu não estou recomendando nada disso que eu citei e algumas dessas obras eu não conheço em detalhes. Eu só estou propondo que você pense a respeito: todas essas obras que eu citei e muitas outras que eu não lembro ou que eu não conheço, todas elas são relativamente recentes, e todas ou se apresentam como revelações ou têm ares de revelação. Todas elas se apresentam como certas, e os seus seguidores acreditam que elas sejam a verdade.
– Será que está todo mundo errado e só nós, espíritas, estamos certos? Não dá para perceber o que existe de presunçoso e ridículo nisso?
O Espiritismo apreendeu parte da Verdade, só isso. O grande mérito do Espiritismo é a aceitação de outras dimensões de vida, e da possibilidade de intercâmbio com essas outras dimensões – isso nos oferece um vasto campo de estudo e pesquisa.
Mas ficar forçando a barra e querer monopolizar Jesus é deprimente.
O Haroldo afirma que o Espírito de Verdade é Jesus, e que Jesus, então, é o espírito familiar de Kardec. E ele conclui esse trecho de palestra dizendo assim:
“E algumas pessoas ainda me perguntam por que a gente fala de Jesus no Movimento Espírita”.
Não é por isso que nós falamos de Jesus, Haroldo. Pelo menos não deveria ser por isso.
Nós falamos de Jesus por que na questão 625 de O Livro dos Espíritos Allan Kardec pergunta:
– Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e de modelo?
E a resposta é:
“Vede Jesus”.
Nós descobrimos (ou confirmamos) que há outras dimensões; que é possível a comunicação com os seres que habitam essas dimensões; percebemos que a vida que nós levamos aqui determina, até certo ponto, a vida que nós levaremos lá; e concluímos, então, que temos que ser bons, temos que agir da melhor maneira possível. Para sabermos como agir, para sabermos em quem nos devemos espelhar, Kardec faz essa pergunta. E a resposta é essa: “vede Jesus”.
De Doutrina, é só isso aí. Em termos de Doutrina, Jesus não tem mais nenhum papel. Nós é que temos que estudar o Evangelho e apreender e praticar o ensino de Jesus – mas o ensino de Jesus que está no Evangelho, não o que os espíritas ou os espíritos dizem. Se nós lermos vários autores espíritas, encarnados ou desencarnados, falando de Jesus, nós vamos encontrar um monte de jesuses diferentes.
Eu, particularmente, não acredito que Jesus se comunicava com Kardec. O Espírito de Verdade pode ser um espirito inspirado em Jesus, pode até ser um espírito delegado por parte de Jesus – mas eu não acredito; intimamente eu não acredito.
Você deve estar pensando que eu sou muito cético. Não é verdade. Pelo contrário. Eu sou até bastante crédulo.
Eu vou mostrar para você uma coisinha e aí você me diz, depois, se você continua achando que eu sou cético.
Tem uma mensagem que aparece em O Livro dos Médiuns, Cap. 31, item 9, e que aparece novamente em O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. 6, item 5, que se chama “Advento do Espírito de Verdade.
Em O Evangelho segundo o Espiritismo essa mensagem aparece assinada pelo Espírito de Verdade. Em O Livro dos Médiuns logo abaixo da mensagem tem uma nota de Kardec dizendo que a mensagem foi assinada por Jesus de Nazaré, mas que por cautela ele deixava sem assinatura e que cada um deve julgar por si.
Até aí tudo bem, só mudou a assinatura. Ela foi originalmente assinada por Jesus de Nazaré, mas Allan Kardec achou por bem atribuir a mensagem ao Espírito de Verdade.
Agora vamos atentar para o conteúdo da mensagem.
A mensagem foi vergonhosamente modificada. Ela sofreu graves modificações.
– Quem fez essas modificações?
Só pode ter sido Kardec, pois ele trabalhava praticamente sozinho – O Evangelho segundo o Espiritismo foi feito em absoluto segredo, ninguém sabia que ele estava fazendo um novo livro.
– Por que Kardec fez essas modificações?
Esta é a mensagem:
Venho, eu, vosso Salvador e vosso juiz; venho (essa parte foi retirada), como outrora, aos filhos transviados de Israel; venho trazer a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como outrora a minha palavra, tem que lembrar aos materialistas (modificado para “incrédulos”) que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinar a planta e que levanta as ondas. Revelei a Doutrina Divina; como o ceifeiro, atei em feixes o bem esparso na Humanidade e disse: Vinde a mim, vós todos que sofreis!
Mas, ingratos, os homens se desviaram do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e se perderam nas ásperas veredas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer, não mais por meio de profetas, não mais por meio de apóstolos, quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, vos socorrais e que a voz dos que já não existem ainda se faça ouvir, clamando-vos: Orai e crede! por isso que a morte é a ressurreição, e a vida – a prova escolhida, durante a qual, cultivadas, as vossas virtudes têm que crescer e desenvolver-se como o cedro.
Crede nas vozes que vos respondem: são as próprias almas dos que evocais. Só muito raramente me comunico. Meus amigos, os que hão assistido à minha vida e à minha morte são os intérpretes divinos das vontades de meu Pai (todo esse parágrafo foi retirado).
Homens fracos, que acreditais no erro das vossas inteligências obscuras, não apagueis (alterado para “que compreendeis as trevas de vossas inteligências, não afasteis”) o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos, para vos clarear a estrada e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.
Em verdade vos digo: crede na diversidade, na multiplicidade dos Espíritos que vos cercam (essa parte foi retirada). Estou infinitamente tocado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa imensa fraqueza, para deixar de estender mão protetora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem no abismo do erro. Crede, amai, compreendei as verdades (modificado para “meditei sobre as coisas”) que vos são reveladas; não mistureis o joio com o bom grão, os sistemas (modificado para “utopias”) com as verdades.
Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensino; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgais o nada, vos clamam vozes: Irmãos! nada perece; Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.
Tem outras alterações no texto. Eu vou citar só mais um: é um deslocamento de texto que muda completamente o sentido da mensagem.
Na mensagem original diz:
“Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer, não mais por meio de profetas, não mais por meio de apóstolos, quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto a morte não existe, vos socorrais e que a voz dos que já não existem ainda se faça ouvir (…)”
O que a mensagem está dizendo aqui é que nós devemos nos socorrer uns aos outros, e para isso os profetas e apóstolos estão dispensados, porque essa tarefa de nos ajudar uns aos outros compete a nós.
Agora veja como ficou a mensagem alterada:
“Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos que já não vivem na Terra (…)”
Aqui já é bem diferente: não é mais para ouvirmos a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a voz dos espíritos desencarnados. Do jeito como ficou, a mensagem está nos dizendo que nós devemos ser espíritas, porque o que nós devemos ouvir são os espíritos, não os profetas e os apóstolos. Se eu sou de uma religião que tem como base a Bíblia, e, consequentemente, segue a voz dos profetas e dos apóstolos, então eu devo trocar de religião com urgência, porque não é mais para seguir a voz dos profetas e dos apóstolos – é para seguir a voz dos espíritos! Qual vai ser a minha religião, então? O Espiritismo, porque o Espiritismo segue a voz dos espíritos!
Como diria Boris Casoy:
– Isso é uma vergonha!
Eu tenho um amigo muito querido, o Dalmo. Anos atrás nós estudamos o Evangelho juntos. O Dalmo não admitia a hipótese de que Jesus tivesse expulsado os vendilhões do templo. Nos quatro Evangelhos é narrada a passagem em que Jesus expulsa os vendilhões (ou mercadores) do templo, derruba as mesas, faz uma bagunça. O Dalmo não admitia. Aliás, pouquíssimos espíritas admitem – embora seja uma das poucas passagens que é narrada nos quatro Evangelhos.
Mas eu citei o Dalmo por um motivo: a alegação do Dalmo para não aceitar que Jesus tivesse feito aquilo é que “um espírito superior não faz isso”.
“Um espírito superior não faz isso”.
– Como nós sabemos o que um espírito superior faz ou deixa de fazer?
Através de Kardec: o espírito tem que ter o “selo Kardec de pureza”. Em O Livro dos Espíritos Kardec trata das diferentes ordens de espíritos, e Jesus, então, de acordo com o Dalmo e com a imensa maioria dos espíritas, tem que se enquadrar nas características descritas por Kardec para ser considerado um espírito superior – ou “puro”.
Nós podemos ver, na mensagem que analisamos, que Kardec tira as passagens que poderiam comprometer a linguagem do suposto Jesus – como é que um espírito superior vai dizer “eu sou o vosso juiz”?
Tem também a modificação de “materialistas” para “incrédulos” – sim, materialistas são alguns, incrédulos seriam todos os que não acreditassem no Espiritismo, fica muito mais abrangente.
Teria outras coisas a mostrar sobre essa mensagem modificada, mas vamos ficar por aqui.
– Por que Kardec fez isso?
– Quantas vezes será que Kardec fez isso?
– Que confiança nós podemos ter no conjunto da obra kardekiana se nós constatamos que ele modificava mensagens dos espíritos?
– Por que eu estou apontando esses fatos?
Por que há algum tempo já que o Movimento Espírita perdeu o senso crítico. Kardec fez um grande trabalho. Kardec deu o pontapé inicial para uma nova visão de mundo, para uma nova visão do homem.
Mas Kardec não era perfeito, a sua obra é cheia de falhas, Chico e Divaldo não são perfeitos e as suas obras estão repletas de contradições e inverdades.
Quando o grande nome do Movimento Espírita da atualidade, o garoto-propaganda da FEB, Haroldo Dutra Dias, usa os seus espaços para endeusar Chico e Kardec e fazer uma catequese espírita sobre partes escolhidas de suas obras, dando ares de verdade absoluta, de revelação, de “Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, aí nós estamos “lascados”!
Repito o que eu já disse outras vezes: se fosse pra fazer do Espiritismo mais uma religião cristã, cheia de dogmas, toda baseada em livros sagrados, com direito até a santo, como o São Kardec e o Santo Chico Xavier, então nós não precisaríamos ter deixado a Igreja, um século e meio atrás. Se é pra ter outra igreja, era melhor ter ficado com a original, que pelo menos tinha menos livro, ficava mais fácil controlar os desvios.
Nós tivemos entre nós, até há bem pouco tempo, um homem que chamava a atenção para os desvios do Movimento Espírita, Alamar Régis Carvalho. O Alamar morreu e ninguém nem se lembra mais dele.
Chamar a atenção para as verdades é uma tarefa um pouco inglória. Eu poderia aproveitar o conhecimento que eu tenho do Evangelho e passar a vida pregando o Evangelho, dizendo coisas bonitas que as pessoas gostam de ouvir.
O objetivo do Espiritismo não é passar a vida babando por Allan Kardec, Divaldo e Chico Xavier. Eles são grandes homens, dignos do nosso carinho e do nosso respeito – são seres admiráveis. Mas o Espiritismo não é isso. Nem por Jesus nós temos que ficar babando.
O objetivo do Espiritismo é investigar a nossa verdadeira natureza, é desenvolver as nossas potencialidades divinas, é reconhecer e desenvolver as nossas faculdades anímicas, é conhecer a nós mesmos, é promover a nossa modificação interna e externa.