Artigo publicado originalmente em 14/09/2012
É em família que vem à tona os complexos de inferioridade que estão impregnados no espírito.
Você se sente inseguro? Acha que sua aparência física deixa a desejar? Você se sente culpado sem saber de quê? Essas são as características mais comuns nas pessoas com baixa autoestima. Você certamente conhece alguém assim. Aliás, a maior parte das pessoas, talvez uns oitenta por cento, apresenta algum complexo de inferioridade. Só que muitos conseguem conviver com isso. Compensam seus conflitos com valores que reconhecem em si mesmos.
Você é espírito imortal, e traz consigo toda a sua bagagem milenar. Tudo o que você já viveu, em todas as suas reencarnações e nos intervalos entre as mesmas; tudo está gravado em você. E não há como deletar nada do seu arquivo pessoal. Acontece que seu cérebro físico só registra os fatos da sua existência atual; portanto, não há como saber a causa de todas as suas frustrações e inadequações. A soma de toda a sua experiência milenar fez o que você é hoje: você é o resultado de sua própria construção. Todas as suas vitórias e conquistas estão alicerçadas no seu ser. Da mesma forma, seus fracassos, suas quedas e derrotas são coisas que precisam ser resolvidas, mais cedo ou mais tarde.
A cada passagem pela matéria temos nova oportunidade de reajuste, nova chance de colocar em dia compromissos não atendidos, nova chance de cumprir deveres pendentes, nova chance de nos livrarmos de comprometimentos doentios. Sabemos que o lar é o laboratório do espírito imortal. É junto às pessoas mais próximas de nós que resgatamos débitos comprometedores. Também sabemos que muitos lares, talvez a maioria, são ainda muito desajustados, problemáticos, devido ao nosso incipiente grau evolutivo.
Pois é em família que vem à tona os complexos de inferioridade que estão impregnados no espírito. São os membros familiares que servem de instrumento para que ressurja do arquivo milenar toda a carga de conflitos internos. Através de apelidos, de perseguições, de aversão, os familiares descarregam seus próprios problemas e conflitos em algum membro mais frágil. O complexo de inferioridade se manifesta a partir daí. Surge como ideias que foram recalcadas no inconsciente deste membro familiar ainda na infância. Essas ideias recalcadas encontram sintonia no arquivo milenar do espírito imortal com as ideias nascidas de experiências de outras reencarnações.
Talvez a principal manifestação da baixa autoestima seja a pena de si mesmo. Esse sentimento é um convite para a doença. Conheço pessoas que se sentem absolutamente inferiores, incapazes de qualquer coisa que fuja aos atos mais corriqueiros do dia-a-dia. Essas emoções negativas agem no corpo físico se manifestando através de doenças. Isso é inevitável.
Todos somos, em maior ou menor grau, facilitadores das doenças que adquirimos. Uma mente saudável gera um corpo saudável. Uma mente doentia facilita a entrada e a evolução da doença. A doença, como toda dor, tem uma razão de ser. Você sabe que a dor existe para nos mostrar que algo está errado, que saímos do trilho. Se não existisse a dor física, não sobreviveríamos. Iríamos nos cortar, queimar, esmagar, sem perceber. Pois é a dor que nos mostra que estamos colocando nosso corpo em risco.
Pois a doença serve pra isso, pra mostrar que alguma coisa não vai bem, que é preciso corrigir a rota, que é necessária uma rearmonização. Quase sempre as pessoas com sentimento de inferioridade são exageradamente resignadas, atribuem todas as pequenas e grandes desgraças ao destino, sem reconhecer sua responsabilidade sobre a própria vida. Acabam por descuidarem de si mesmas, tornando-se desleixadas. Tudo isso agrava a sensação de desamor, de inferioridade, desencadeando um perigoso círculo vicioso.
Nunca esqueça, e o espelho à minha frente diz que isso também serve pra mim, nunca esqueça de que somos manifestações divinas. Você é filho de Deus, criado à sua imagem e semelhança, portanto, é perfectível. Aceite o que já existe de bom em você. Se muitas de suas experiências não deram certo, isso não quer dizer que a próxima também não vai dar. Persista, não se entregue! Se não é possível reconstruir toda a nossa experiência nesta vida atual, podemos pelo menos enaltecer nossos valores, que são muitos e são consideráveis.
É sempre bom lembrar que você é capaz de tomar decisões por si mesmo, pois você é único e é quem melhor sabe sobre você mesmo. Não se preocupe tanto em agradar aos outros, seja quem você é de verdade! Sempre é possível mudar o estilo de vida, sempre é possível mudar as próprias crenças, sempre é possível acreditar mais em si mesmo!