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O centro espírita e o trabalho espiritual

paisagem bonita
A tarefa doutrinária não tem horário certo…

ARTIGO DE AUTORIA DE ANA BLUME

O trabalho espiritual não deve acontecer apenas dentro do centro espírita durante os horários das palestras, tratamentos e trabalhos mediúnicos.

Algo que tem me passado muito pelo pensamento é como temos a tendência de enxergar a vida espiritual como algo separado da vida física, como se ambas fossem bolhas de sabão que, quando se encontram, se repelem. É melhor não nos enganarmos: simultaneamente espiritual e física, nossa experiência é composta pelas duas bolhas, sobrepostas.

O esquecimento que sofremos a cada nascer não apaga os momentos que passamos na erraticidade – aliás, muito mais longos que os momentos que passamos encarnados. E, mesmo na Terra, voltamos quase que diariamente ao plano espiritual, durante o sono. Nossa experiência terrena é entremeada permanentemente pela vida espiritual.

Assim, o trabalho espiritual não deve acontecer apenas dentro das casas espíritas durante os horários das palestras, tratamentos e trabalhos mediúnicos.

Diferentemente do trabalho profissional, a tarefa doutrinária não tem horários nem lugares específicos para acontecer: ela deve ser uma prática permanente, cumprida com amor, seriedade e completa dedicação. Mais ainda: ela deve servir de pauta para nossa vida física.

Isto não significa deixar a vida física em segundo plano para entregar-se a horas de orações diárias. Muito pelo contrário. Significa apenas que devemos reconhecer a integração total que existe entre a vida espiritual e a física, sem negligenciar nenhuma delas.

Mesmo fora da casa espírita, o trabalho continua. O mesmo é verdadeiro para aqueles que não frequentam nenhuma casa espírita. As tarefas que aprendemos através dos ensinamentos dos espíritos superiores podem ser praticadas nos ambientes familiares, profissionais, educacionais, sociais – em todo lugar. Quanto mais percebermos e assimilarmos essa noção de integração, com mais empenho trabalharemos, vendo oportunidades de crescimento em qualquer situação. Com isso, só temos a ganhar.

Ana Blume é estudante de Sociologia e espírita desde os 7 anos – Idealizadora do blog “O Evangelho Segundo o Espiritismo Simplificado”

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