Comportamento

Não generalize os seus defeitos

moradora de rua

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Reconheça seus erros, mas não generalize os seus defeitos. Não exija de si mesmo uma santidade que você está longe de conquistar!

Você conhece as suas reais possibilidades? Você tem noção do que você é capaz? Há um método muito eficaz de autoconhecimento que eu sigo há algum tempo. Essa prática foi seguida por personalidades como Platão, Santo Agostinho e Benjamin Franklin. O método é absolutamente simples. Consiste em fazer um balanço diário dos seus erros e acertos do dia. Esse balanço é feito à noite, antes de dormir.

É preciso se conhecer, saber de nossas virtudes e defeitos, de nossos dramas e anseios. Mas somos iniciantes no assunto (eu sou, você não é?). Temos que ter um grande cuidado para não generalizarmos nossos defeitos.

O pequeno cisne
Não aceite tudo o que pensam ou dizem de você

Você costuma falar mal de si mesmo? Você tem o hábito de dizer pra si mesmo e pros outros que você é ruim em tais e tais coisas? Não se rotule! Você pode ser impaciente para apertar um parafuso mas ter paciência com as pessoas; você pode ter medo de dirigir mas ter coragem pra enfrentar problemas; você pode ter vergonha de cantar ou dançar mas ser desinibido e comunicativo no seu ambiente de trabalho; você pode ser raivoso no trânsito mas ser um excelente membro familiar.

É ótimo conhecer a si mesmo justamente para aprendermos a lidar com essas características e não tirarmos conclusões generalizadas sobre nós mesmos. Não aceite tudo o que pensam ou dizem de você. O que seu pai ou sua mãe ou seu irmão ou marido diz sobre você é apenas opinião. Quem tem que saber de você é você.

Talvez você atribua certas dificuldades do seu caráter a maus tratos e dificuldades na infância, talvez você se ache traumatizado. Não interessa o que aconteceu na infância. Você pretende evoluir ou não? Se o que aconteceu no passado foi importante e grave na época em que ocorreu, hoje não é mais, hoje isso deve ser superado, você não é mais o mesmo daquele tempo. Quanta coisa você viveu e aprendeu de lá pra cá? Por que você incorporou esses maus tratos, essas dificuldades?

Você escolhe se quer manter essa opinião a respeito de você mesmo ou não. Você escolhe se quer se manter preso ao passado e aos problemas gerados no passado ou se você quer viver de outra maneira, sem querer de si mesmo uma perfeição que você não tem. Não exija de si mesmo uma santidade que você está longe de conquistar! Devemos tentar melhorar todos os dias. Mas sem esquecer que somos falíveis, que estamos engatinhando na evolução, que ainda temos emoções fortes e agressivas.

Se você generalizar seus defeitos será muito difícil superá-los. Não tente ser menos do que você é. Não se subestime por causa de alguns defeitos que você tem. Ao dar aos seus defeitos uma amplidão que eles não têm, ao generalizar os seus defeitos, você sabota a si mesmo. Você se torna o seu próprio sabotador! Você joga contra você mesmo! Não trabalhe contra as suas possibilidades.

Esses defeitos que você percebe em você (e ainda bem que você já é capaz de perceber), esses defeitos não atingem todos os setores da sua vida, não são defeitos completos. Afinal, você deve estar trabalhando em cima deles há várias reencarnações. Se você der a eles mais importância do que eles têm, a sua tendência é repetir padrões de erros já cometidos em outras vidas. Sua reencarnação atual não passará de uma repetição de sua última passagem pela matéria.

Se você procura conhecer a si mesmo, você entra em contato com muitas falhas a serem corrigidas. Ótimo. É trabalho pra você. Mas você também tem que entrar em contato com o seu lado nobre! Exalte suas qualidades, viva e desenvolva suas potencialidades. Jogue a seu próprio favor.

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