O Espiritismo e a fé raciocinada: Quando somos felizes? Quando andamos de acordo com as Leis de Deus. As Leis de Deus são imutáveis, eternas. Não podemos modificá-las. Elas não falham nunca. O que conhecemos de Deus são justamente as suas Leis.
Se reconhecermos que não temos poder sobre as Leis de Deus, é burrice tentar subvertê-las, tentar andar contra o seu fluxo. Temos que andar lado a lado com as Leis de Deus. Todas as dores do mundo, todas as mazelas da Humanidade, todas as tristezas e dores e desgraças que ferem os espíritos encarnados e desencarnados neste planeta são ocasionadas pelo descumprimento das Leis de Deus.
Uma passada rápida pelo Evangelho nos mostra, mesmo que de modo incompleto, o que são essas Leis. Jesus as resumiu assim: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. É simples. Muito simples. Claro que não sabemos colocar isso em prática. Temos que aprender, nos esforçamos para isso. Mas qualquer pessoa minimamente inteligente é capaz de compreender o que isso significa.
A palavra fé quer dizer, originalmente, fidelidade. Você sabe o que é um áudio ou vídeo de alta fidelidade? É um áudio ou vídeo muito parecido com o original. Se uma música é gravada em alta fidelidade, o som gravado é o mais próximo possível do som original. Ter fé é ser fiel a Deus. É guardar fidelidade a Deus. É ser o mais parecido possível com Deus. É seguir Suas Leis.
O universo é creação de Deus. O universo está sendo creado agora, está se expandindo, crescendo, sempre. É Lei de Deus. Se o universo está crescendo sempre, está se expandindo e se aperfeiçoando sempre, é lógico que nós devemos crescer e nos aprimorarmos e nos desenvolvermos sempre. Incessantemente. Se pararmos no tempo, se deixarmos de nos desenvolver, se ficarmos estagnados em nossa zona de conforto, sentiremos dor.
A dor não é castigo. A dor é resultado do desajuste com as Leis de Deus. A dor é o produto da desarmonia ocasionada pela desobediência às Leis de Deus. Isso pode parecer ultrapassado, conservador, retrógrado, puritano. Não importa como se queira chamar a isso. É assim que funciona. Se andamos lado a lado com as Leis de Deus, nos desenvolvemos e somos felizes. Se nos afastamos do caminho das Leis de Deus, estagnamos e sofremos. Simples assim.
Ter fé não é acreditar. Crer é bom, é necessário, mas ter fé é outra coisa. Ter fé é fazer o que precisa ser feito de acordo com a Vontade de Deus. A Vontade de Deus nós a percebemos ao observarmos o universo. O universo é ordem perfeita, disciplina perfeita, progresso perfeito, harmonia perfeita.
Nós fazemos parte da creação de Deus. Nós fazemos parte do universo. Podemos andar no mesmo sentido de expansão em que ele anda ou podemos andar na contramão. Temos o livre-arbítrio para decidirmos isso. O livre-arbítrio nos faz co-creadores com Deus. Pelo livre-arbítrio podemos escolher se queremos ser bons ou maus, se queremos estagnar ou progredir, parar ou avançar, sofrer ou ser felizes.
O aparentemente fácil é o mais difícil. Ficar parado na zona de conforto é fácil por um tempo, mas logo a dor se instala e ficar parado se torna difícil e incômodo. Expandir e desenvolver com o universo parece difícil no começo, é preciso coragem, é preciso enfrentar o desconhecido, é preciso ação. Mas em pouco tempo se percebe que esse é o nosso fluxo normal, que esse é o nosso caminho natural.
O universo está sendo permanentemente creado por Deus. Podemos participar disso. Podemos fazer a nossa parte. Seja pelo autoconhecimento, pregado por Sócrates e enfatizado no Evangelho de Tomé, seja pela fé, ensinada no Novo Testamento, nosso destino é a felicidade. Alcançaremos a felicidade através do conhecimento e da vivência das Leis de Deus.