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Espiritismo e a candeia debaixo do alqueire

candeia velador
O Espiritismo deve estar à vista de todos

A candeia não pode ficar debaixo do alqueire. O Espiritismo é uma luz que deve brilhar para quem quiser ver.

ARTIGO DE AUTORIA DE ANA BLUME

Mesmo que bastante difundida no Brasil, a Doutrina Espírita sofre, ainda hoje, certos preconceitos. São muitos os que acreditam tratar-se de charlatanismo o trabalho dos médiuns, ou que, por ignorância, temem os frequentes contatos com os desencarnados. Soma-se a tais equívocos o desprezo generalizante de outros acerca de quaisquer doutrinas teístas (ou seja, que admitem a existência de Deus), e podemos compreender o porquê da hesitação de muitos a admitirem que são espíritas.

Afirmar-se espírita é, como o ato de emitir qualquer opinião, engajar-se. E engajar-se significa defender um ponto de vista, ainda que face a opiniões contrárias.

Dependendo de nosso contexto familiar ou social, não é uma tarefa fácil e, por medo de prejudicar nossas relações com pessoas que amamos e respeitamos, podemos acabar escolhendo esconder aquilo que realmente pensamos. Mas isso é um erro.

Ao divulgar a Doutrina Espírita, podemos ajudar pessoas que encontram-se diante de problemas aparentemente sem solução, de grande sofrimento ou de uma necessidade de mudança. Quando guardamos tais conhecimentos apenas para nós mesmos, estamos colocando a candeia debaixo do alqueire. De que adianta a candeia iluminada, se nós a escondemos? Para que serve a luz que não tem a chance de iluminar?

Tente se lembrar de como o Espiritismo surgiu em sua vida, e como você se sentiu ao receber suas respostas tranquilizadoras sobre a continuidade da vida e a reencarnação; ao perceber as infinitas lições que podemos aprender ao curso da vida se estivermos realmente dispostos; ao encontrar consolo e esperança na certeza de um Deus justo, que não julga, que não pune, mas que ama e ensina pacientemente.

Não são poucos aqueles que têm necessidade de tal alívio. Não há porque temer o julgamento alheio – aquele que hoje zomba pode ser o mesmo que amanhã encontrará uma nova alegria nas palavras de Jesus.

É claro que não nos cabe querer converter ninguém ao Espiritismo, e nem pregá-lo como uma doutrina superior às outras. Existem centenas de fontes de luz, milhares de caminhos diferentes que levam a Deus – o Espiritismo é apenas um deles.

O mais importante é saber respeitar a opinião de outro, ao mesmo tempo que se lhe permite conhecer a Doutrina Espírita e, sobretudo, o bem que ela nos trouxe, o bem que ela nos incita a fazer pelos outros – através da caridade – e por nós mesmos – através da análise de nossas dificuldades e vontade de melhora.

Não sejamos egoístas em nossa fé. Retiremos o alqueire de cima da candeia e deixemos que ela brilhe, iluminando o nosso caminho e de todos aqueles em necessidade da luz divina.

Não colocar a candeia debaixo do alqueire

Ana Blume é estudante de Sociologia e espírita desde os 7 anos – Idealizadora do blog “O Evangelho Segundo o Espiritismo Simplificado”

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