Comportamento

Qual é o melhor centro espírita?

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Você sabe qual é o melhor centro espírita? Você gosta da casa que você frequenta? Pergunto porque há pessoas, e não são poucas, que frequentam o mesmo centro espírita durante um ano inteiro, ou dois anos, ou por vários anos, sem parar de reclamar da casa, sem parar de contestar as diretrizes do lugar. Não há centro espírita ideal.

Tenho leitores em várias partes do Brasil e fora dele. Sei que há lugares pequenos onde não se tem alternativa. Em algumas cidades há apenas um centro espírita; se a pessoa não gostar do lugar, não há outra opção. Mesmo assim, acho que não se deveria reclamar.

Mas não é o caso de Porto Alegre, onde moro, como não é o caso da maioria das cidades nas quais tenho leitores. O que me intriga é a pessoa reclamar, não estar contente, e permanecer frequentando.

Contestadores de centro espírita

Nunca ouvi falar de centro espírita procurar frequentadores em suas residências. O que ocorre é o inverso disso, são as pessoas que procuram o centro espírita. Se elas passam a frequentar a casa, é sinal de que, de alguma forma, precisam dela. É sinal de que a casa tem seus méritos. Então por que reclamam? É claro que ninguém precisa concordar com tudo no centro espírita; todos têm vontade própria, todos têm sua maneira de ver as coisas. É claro que muitos centros podiam ser melhores, mais bem organizados, talvez. É claro que nenhum dirigente é dono da verdade, até porque não existe dono da verdade.

Mas, se está ruim, não seria o caso de procurar outro lugar? Na verdade, eu sei de pessoas, e você deve saber também, de pessoas que não param em lugar nenhum, de pessoas que procuram sem parar, de pessoas para quem o lugar ideal simplesmente não existe. Talvez realmente não exista o lugar ideal, já que o ideal de um não é o ideal do outro. Todos têm ideais diferentes, e se um centro espírita é frequentado por duas pessoas, já são dois ideais a serem preenchidos, logo, um deles ou os dois vão ficar descontentes…

Não se pode agradar a todos. Aqui cabe uma velha frasesinha surrada: Nem Jesus agradou a todos…

É normal e sadio discordar. Acho absolutamente normal quando alguém discorda dos meus pontos de vista. Quando isso acontece, procuro ver em que poderemos estar de acordo, pois sempre há um ponto de união entre quem discorda de alguma coisa. Mas será normal querer que uma estrutura mude só porque não concordamos com ela? Não será um excesso de vaidade ou amor-próprio querer saber mais que um monitor, um orientador, um coordenador, um dirigente, sem que se tenha a experiência de tais funções?

Alguns dirigentes são acusados de ditadores. Eu, particularmente, não sou conservador em questões de espiritismo. Sempre pesquiso e estou aberto a conhecimentos novos. Mas se não fosse por tais “ditadores”, onde ficaria a base do estudo? Como se determinariam as diretrizes a serem desenvolvidas?

Um centro espírita é formado por pessoas. E as pessoas, você sabe, sempre procuram fazer o certo. Ninguém faz alguma coisa errada de propósito. Mesmos os piores erros, quando são cometidos, parecem a melhor alternativa no momento. Se eu achar que sei mais que algum dirigente, ou me esforço para um dia ser um dirigente melhor ou procuro outro lugar. Não tenho o direito de reclamar se não estou do outro lado do balcão.

Muitas vezes não concordo com coisas que são ditas no centro espírita. E daí? Eu penso com a minha cabeça, não preciso do aval de ninguém para permanecer com minhas próprias ideias. Claro que é bom quando nossos pensamentos são compartilhados. Mas nunca haverá consenso absoluto, então pra que viver contestando?

Humildade. Isso faz bem pro espírito imortal, do maior ao menor. Humildade pra aceitar opiniões divergentes, humildade pra reconhecer que, antes de contestar, talvez seja mais produtivo desenvolver um fiofó herculíneo, afundar a cara sobre os livros e estudar…

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