ARTIGO DE AUTORIA DE ANA BLUME
Não estamos aqui para sermos punidos. Muito pelo contrário. Os sofrimentos que conhecemos são meramente a forma mais adequada de aprendermos o Bem, de acordo com nosso grau de evolução. Não é preciso procurar muito para percebermos em nós mesmos graves falhas de caráter, mas isso não nos deve desanimar.
Somos como crianças em pleno percurso escolar. Da mesma forma que não se censura a uma criança de não “nascer sabendo”, não devemos nos censurar por ainda não sermos espíritos elevados: devemos estudar, aprender e passar pelas diversas provas que se impõem em nosso caminho, agradecendo pela oportunidade do crescimento espiritual.
É desta forma que devem ser encaradas as dificuldades — como oportunidades de crescimento e de elevação que precisam ser bem aproveitadas.
Como qualquer especialista de qualquer área de conhecimento, ou qualquer profissional técnico, nossas capacidades só podem se expandir quando nos encontramos diante de graus progressivos de dificuldade. Um professor não será um professor caso ele tenha o mesmo nível de conhecimento que seus alunos. Um marinheiro jamais será verdadeiramente um marinheiro se não se aventurar além das águas rasas.
Quanto mais difícil a prova, mais gloriosa será a vitória e mais rápido chegaremos às vidas tranquilas e felizes que nos esperam, logo ali em frente.
O remédio proposto já nos é bem conhecido. Trata-se da fé. É dela que devemos nos munir para enfrentar tais dificuldades, e é somente da esperança que ela traz que podemos nos alimentar, dia após dia, a fim de melhor lidar com nossas tantas situações difíceis. A fé nos mantém seguros da utilidade do sofrimento — caso contrário, o veríamos apenas a curta distância, sem identificar nele qualquer propósito.
É quando lançamos mão da fé que permitimos a Deus intervir em nossas vidas, aliviando automaticamente o peso de nossos sofrimentos.
Ana Blume é estudante de Sociologia e espírita desde os 7 anos – Idealizadora do blog “O Evangelho Segundo o Espiritismo Simplificado”