Você é livre? Até que ponto você é livre? A liberdade do espírito aumenta de acordo com o seu conhecimento. Quanto mais conhecimento você tiver, mais livre você será. Por isso perguntei se você é livre, se você se considera livre.
A falta de instrução e o Espiritismo
Você sabe que a maior parte da população não tem muitos conhecimentos. É sabido e notório que falta cultura, falta estudo, falta vontade de aprender. Sobra comodismo, preguiça, marasmo. Quando me refiro assim aos CBDs, os come-bebe-dorme, alguns se lembram de me criticar, de me lembrar que eles são pobres irmãozinhos que ainda não evoluíram o suficiente, que cada um tem o seu tempo, que a natureza não dá saltos, essas coisas. Podem me lembrar, não tem problema. Mas eu não esqueço isso. Só acho que essa consideração toda com “os irmãozinhos”, se não for acompanhada de ação, é enganosa.
Sei que há na Terra espíritos de graus evolutivos ligeiramente diferentes, e que muitos dos que estão reencarnados hoje não reencarnavam há séculos, não estão preparados pra nada além do Faustão aos domingos, o jogo do seu time e o Big Brother uma vez por ano. Entendo isso. Entendo que não há como exigir desses espíritos que se interessem, de um momento pro outro, por grandes assuntos filosóficos e que mudem radicalmente os seus costumes.
Mas a compreensão não é conivência, é só compreensão. Não compactuo com o vazio da vida midiática que atordoa a maioria. A vida da maioria se resume a isso. O seu time de futebol, a novela, as fofocas dos sites de fofocas, sexo, comida, álcool e emoções baratas.
Essas pessoas têm pouquíssima liberdade. São presas aos seus hábitos, hábitos impostos pela grande mídia, que lucra com os horizontes curtos do seu público consumidor. Não estou afirmando que a grande mídia inventou as fraquezas humanas, claro que não. Mas se aproveita delas profissionalmente. Vende emoções a granel. Faz das suas pseudocelebridades modelos a serem copiados, faz dos seus artistas efêmeros líderes e ditadores dos costumes, faz dos seus anunciantes benfeitores da humanidade, faz dos produtos que oferece bônus para a felicidade, e de homens e mulheres fracos de caráter produtos, objetos de consumo. Faz da mulher um acessório erótico, um formato moldado para o sexo, um ser sexual. Faz do pensamento um tabu, faz das ideias artigos em falta.
Tudo gira em torno do prazer, do conforto físico, da sensação de grandeza proporcionada pelo carro, pelo eletrodoméstico, pelo aparelho de fazer qualquer coisa. Tudo é consumo. O consumo é, para milhões de pessoas no Brasil, sinônimo de felicidade, objetivo de vida.
Para disfarçar e ao mesmo tempo manter a massa entretida, falam um pouco dos conflitos no Oriente Médio, do preço do barril de petróleo, da bolsa, do índice Nasdaq, do crime do momento. E a massa pensa que isso é informação.
A liberdade dessas pessoas é extremamente reduzida. Não há horizontes à sua frente. O máximo que enxergam é a próxima edição do Big Brother ou a final do campeonato. Só o conhecimento para aumentar a liberdade, para expandir os horizontes, para abrir os olhos e os ouvidos, pra mostrar que a Vida é infinitamente superior a isso.
Só o conhecimento pra mostrar que somos espíritos imortais, que estamos reencarnados em busca de disciplina, rearmonização com o próximo e autoconhecimento, que aquilo que vendem como felicidade é ilusão, que aquilo que oferecem como sonho de consumo é escravidão.