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Mediunidade e os guias cegos

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É muito comum confundirem mediunidade ou quaisquer manifestações mediúnicas com Espiritismo. A mediunidade existe desde que o homem é homem; o Espiritismo é um movimento humano disciplinado de religação com Deus codificado por Allan Kardec e desenvolvido, principalmente, no Brasil.

Será que sou médium?

medium guia cego
Guias cegos

Todos somos médiuns em potencial. Todos influenciamos e somos influenciados permanentemente, encarnados e desencarnados, mas alguns de nós apresentam uma maior facilidade de contato com os desencarnados, o que caracteriza a mediunidade. Isso independe de religião ou crença. As igrejas estão cheias de médiuns, e há médiuns sem nenhuma instrução religiosa que nem sequer suspeitam da sua mediunidade. Têm visões, ouvem vozes, pressentem coisas, antevêem acontecimentos, mas atribuem isso a algum tipo de alucinação, e quando se sentem incomodados apelam aos psiquiatras e suas drogas lícitas.

Médiuns e transtornos mentais

Mas há um considerável contingente de pessoas que sabem que são médiuns e não estudam, não desenvolvem a mediunidade a partir do esclarecimento e do trabalho sério em benefício do próximo. Muitas dessas pessoas pensam que são espíritas. Não sabem o que é Espiritismo, não gostam de estudar, mas, como vêem espíritos, dizem-se espíritas.

Para que servem as práticas mediúnicas no centro espírita?

Você provavelmente conhece alguém que joga cartas, ou que atende em casa, que “incorpora” quando bem entende, que se refere ao seu guia com intimidade. Essas pessoas quase sempre conquistam alguns admiradores, pessoas leigas que as consideram especiais.

É comum que esses médiuns sem esclarecimento se imiscuam em assuntos íntimos dos seus admiradores, dando palpites em suas vidas em nome do seu guia. Referem-se ao seu guia como “a minha cigana”, “o meu caboclo” ou algum nome antecedido por “doutor”.

Mediunidade não é dom

Falta discernimento, falta raciocínio, falta humildade. Ninguém se torna especial só porque morreu. Qualquer um de nós, depois que morrer, pode se ligar a um médium e dar um nome qualquer para impressionar. E será que nós teríamos condições de resolver os problemas dos outros só porque nos despojamos do corpo físico? Claro que não! Esses espíritos são “guias cegos”, não têm condições de guiarem nem a si mesmos, muito menos aos outros. Essas duplas médium-guia cego quase sempre misturam sua ignorância das Leis divinas com a falta de humildade, pois sempre dá algum prestígio chegar para alguém que recentemente teve um familiar falecido e dizer: – “Ele está do seu lado, está sorrindo pra você”. – Ou trazer pretensas notícias dos mortos da família, como se fosse um carteiro trazendo cartas. Pessoas carentes ligam-se a esses médiuns para pedir conselhos e “uma forcinha” nos seus casos amorosos.

Mas os maiores enganados são sempre os próprios médiuns. São vampirizados por seus guias-cegos e estes, em troca, alimentam o ego do médium,  o elogiam, o envaidecem, fazem intrigas, fazem o médium sentir-se poderoso. Mas esses “poderosos” quase sempre fracassam em todas as áreas da vida…

Mediunidade é coisa séria, não pode ser usada como instrumento de poder ou como meio de se tornar popular. Essas relações médium-guia cego são um atraso para eles mesmos, que não se desenvolvem como deveriam, e para os seus admiradores, que podem estar deixando de ir em busca de esclarecimento por sentirem-se confortáveis com os conselhos fáceis, o consolo barato, a lisonja, a mão na cabeça depois dos erros.

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