A tecnologia propiciará o melhor entendimento das propriedades do pensamento, das faculdades mediúnicas, dos cuidados com as influências sutis, das nossas próprias potencialidades. O Espiritismo só tem a ganhar com isso.
Não é segredo pra ninguém que a tecnologia interfere nas relações pessoais. Numa mesma casa cada um acessa o seu aparelho tecnológico, todos estão perto fisicamente mas distantes em pensamento. Um acessa o Facebook, outro lê notícias, outro joga no computador. Nos bares em que há mesas nas calçadas é comum vermos amigos reunidos, todos com a cabeça baixa, com olhos atentos no tablet, no iPhone, no iPad. Se vê isso até entre namorados, cada um conversando com seus amigos virtuais, embora estejam lado a lado.
É um fenômeno recente, não temos parâmetros para analisá-los. Não há como negar que isso afeta as relações. Há menos intimidade, as relações são menos intensas. Muitas famílias deixaram de fazer suas refeições em grupo.
Toda novidade gera ações e reações exageradas. A tecnologia veio pra ficar, não tem volta. Sendo assim, temos que ver o lado positivo.
As redes sociais aproximam espíritos encarnados que pensam e querem as mesmas coisas. As pessoas tendem a aproximar-se cada vez mais por afinidade, e não mais por convencionalismo ou por obrigação.
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Mais importante que isso é notar que essas redes formam malhas energéticas interligando milhões de espíritos encarnados e desencarnados. A aproximação e a sintonia são incomparavelmente maiores e mais eficazes.
Pessoas de gerações mais antigas às vezes têm dificuldade de compreender as propriedades do pensamento, da afinidade, da sintonia, por falta de comparativo, por falta de exemplo palpável que facilite a compreensão. A tecnologia de hoje é o preparo necessário para que todos compreendam as propriedades do pensamento. Costumamos comparar a sintonia de pensamentos com o rádio, em que há emissão e recepção. O exemplo é perfeito. Mas as redes sociais permitem compreender como ocorre a junção de pensamentos iguais, de como a comunhão de pensamentos, desejos e intenções se unem formando uma massa psíquica que retroalimenta seus mantenedores.
Hoje há aparelhos dos quais não se utiliza nem um por cento dos recursos, o que também facilita a analogia com as nossas capacidades internas. Não conhecemos nosso potencial. Jesus nos disse que qualquer um de nós poderia fazer as coisas que ele fazia e até maiores.
Os aparelhos são, em grande parte, quase descartáveis. Usa-se um pouco, aproveitando um mínimo dos seus recursos, e ele é substituído. Igual a muitos de nós, que passamos pela matéria sem aproveitar e desenvolver nossas potencialidades e saímos discretamente, à espera de nova oportunidade. Nós também, ao não aproveitarmos a infinidade de recursos que nos foram disponibilizados ao reencarnarmos, saímos de linha sem deixar vestígios ou grandes benefícios.
A tecnologia propiciará o melhor entendimento das propriedades do pensamento, das faculdades mediúnicas, dos cuidados com as influências sutis, das nossas próprias potencialidades. O Espiritismo só tem a ganhar com isso. Seja pela facilidade de compreensão de aspectos estudados pelo Espiritismo que a tecnologia propiciará, seja pela universalização da informação, seja pela divulgação e popularização. Estejamos preparados.