Jesus nos deixou um ensino claro acerca da mentalização:
“Disse-lhes também: Qual de vós terá um amigo, e, se for procurá-lo à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois que um amigo meu chegou a minha casa, vindo de caminho, e não tenho que apresentar-lhe; se ele, respondendo de dentro, disser: Não me importunes; já está a porta fechada, e os meus filhos estão comigo na cama; não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, ainda que não se levante a dar-lhos, por ser seu amigo, levantar-se-á, todavia, por causa da sua importunação, e lhe dará tudo o que houver mister.” Lucas 11:5-8
Não basta desejarmos. É preciso querermos com todas as nossas forças, e mentalizarmos aquilo que queremos, e insistirmos incansavelmente. Existem inúmeros livros que tratam do assunto, mas poucos confessam que são baseados nessas palavras que Jesus nos deixou. O amigo que não quer ser incomodado é como o desejo que não é atendido de imediato. Não há condições em nosso subconsciente para que o pedido seja satisfeito de imediato.
André Luiz diz que o nosso subconsciente é a soma de todas as nossas experiências, de todas as nossas reencarnações e dos intervalos entre elas. Tudo o que já sentimos, pensamos, falamos e fizemos está registrado lá. É o nosso subconsciente que determina o que somos, pois ele é o repositório de tudo o que pensamos, e nós somos o que pensamos.
Se quisermos realizar uma mudança mental, se quisermos adquirir novo modo de encarar as coisas, outra maneira de nos portarmos frente aos problemas, outro tipo de reação às nossas fraquezas, se quisermos, enfim, mudar o nosso padrão de pensamentos, devemos reprogramar o nosso subconsciente. É isso que Jesus diz na parábola. Mesmo que o amigo – o subconsciente – não atenda de imediato, por não estar acostumado a isso, por não querer importunar os seus filhos – os pensamentos antigos -, se insistirmos ele atenderá. O pedido feito ao amigo – a mentalização – deve ser mais forte, mais viva, mais insistente que a sua vontade – os dados que estão no subconsciente – de permanecer como está.
Logo adiante, continua o ensinamento:
“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.” Lucas 11: 9,10
Pedimos, como um desejo que queremos ver satisfeito; buscamos, através do nosso esforço pessoal para a conquista; e batemos à porta com insistência para que sejamos atendidos. Isso geralmente é visto como modo de conquistar coisas materiais, e realmente pode ser usado para isso. Mas o seu sentido mais profundo se refere à mudança no padrão de pensamentos. Está ao nosso alcance a modificação do modo de pensar. Só depende de nós mesmos a alteração da maneira como percebemos as coisas, as pessoas, a vida. O mundo.
Reforma íntima e o padrão de pensamentos
Para que a Vida nos seja generosa e mais amena, precisamos mentalizar positivamente. A maneira torta e atravessada que muitos têm de receber as coisas que a vida oferece, a forma caolha de ver as pessoas e as situações atrai cada vez mais dificuldades. Jesus completa o ensinamento:
“E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial um espírito santo àqueles que lho pedirem?” Lucas 11: 11-13.
Recebemos da Vida o que pensamos dela. Temos que ter muito cuidado, todos os dias de nossas vidas, com o que passa por nossas cabeças. O que pensamos, o que mentalizamos determina o tipo de vida que teremos. Quantas pessoas passam os dias reclamando de tudo e de todos, se queixando da vida, do mundo, das pessoas, dos preços, do governo, dos políticos, das doenças, do trabalho, do marido, dos filhos, do cachorro e do gato? Como essas pessoas querem que algo de bom lhes aconteça se tudo o que elas mentalizam é negativo? Somos os responsáveis pelos nossos próprios erros, e a maior parte dos nossos erros começa nos pensamentos negativos. Colhemos o que plantamos, sempre.