Comportamento

Espiritismo e o estudo do Evangelho

estudando a biblia

Morel Felipe Wilkon

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Dou grande importância ao estudo do Evangelho de Jesus. Passarei a divulgar mais o estudo do Evangelho, pautado pelo Espiritismo, a partir de Março do próximo ano. Cada vez que estudamos os Evangelhos percebemos neles novos ensinamentos, sentidos que antes passaram despercebidos, simbolismos que nos falam direto ao coração.

Há muita coisa que não entendemos no Evangelho, há passagens que para muitas pessoas são obscuras. Não importa. Deve-se estudar assim mesmo. É muito positivo tê-lo sempre em mente, estar familiarizado com sua linguagem, suas parábolas, suas histórias.

O Novo Testamento na tradução de Haroldo Dutra Dias

a bíblia do jesus
Divulgarei mais o Evangelho…

Sei de pessoas que não o estudam porque não conseguem colocá-lo em prática. Essas pessoas pretendem ser coerentes, ótimo. Mas pouquíssimas pessoas estão em condições de praticar o Evangelho com naturalidade. A maioria se esforça pra isso, uns com sucesso e outros sem sucesso.

Mas a incapacidade de praticá-lo também não deve ser fator impeditivo para o seu estudo. Podemos incorporar suas ideias, gravar suas palavras em nosso subconsciente. Aliás, todos os nossos hábitos provêm do nosso subconsciente, são informações que estão gravadas no nosso subconsciente, e que praticamos mesmo sem perceber.

Espiritismo e o subconsciente

Se nosso subconsciente está cheio de hábitos que incorporamos através da repetição, podemos substituir estes hábitos por outros mais salutares. Muitas das nossas falhas de caráter são reflexos condicionados. Se tocarmos uma campainha pouco tempo antes de alimentar um cão, vários dias seguidos, logo ele irá associar o som da campainha ao alimento, e irá salivar ao ouvir a campainha, mesmo sem alimento. Isso é reflexo condicionado.  A campainha torna-se um sinal do alimento que virá depois. Todo o organismo do cão reage como se o alimento já estivesse presente, com salivação, secreção digestiva, motricidade digestiva etc. Um estímulo que não tem nada a ver com a alimentação, um estímulo apenas sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas. Mas o reflexo condicionado deixa de existir se deixar de ser reforçado. No exemplo do cão, se várias vezes for tocada a campainha sem que o alimento venha depois, ele deixa de reagir ao som da campainha.

O mesmo se dá com muitos de nossos maus hábitos. Não é segredo que algumas pessoas, ao se livrarem de um vício, por exemplo, se tornam radicalmente contra esse mesmo vício. É uma defesa contra possíveis recaídas, é um reforço argumentativo. Pode ser necessário um posicionamento aparentemente radical contra os nossos maus hábitos para que se perca os condicionamentos.

O esforço para a transformação dos hábitos associado ao estudo do Evangelho pode acarretar em uma saudável associação de superação de si mesmo com o ensinamento do Evangelho. E assim, aos poucos, tudo começa a fazer sentido, mensagens importantes são incorporadas ao cotidiano, simbolismos antes indecifráveis são compreendidos e percebemos que o Evangelho fala de nós mesmos, de cada um de nós e de nosso longo caminho evolutivo.

Nosso subconsciente é a soma de tudo o que já vivemos. Temos o poder de modificá-lo. É o subconsciente que comanda a maior parte das ações da nossa vida, já que ainda somos muito pouco conscientes. Podemos reescrever a programação do nosso subconsciente. Nada mais avançado e construtivo do que o estudo do Evangelho para formar novas associações de pensamentos e ideias, mais úteis, elevadas e direcionadas para o nosso crescimento espiritual.

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