Artigo publicado originalmente em 27/05/2012
Você valoriza a educação das crianças? Quer o melhor para elas? Acredita que o futuro pode ser melhor graças a elas?
Só alguém muito insensível para não se emocionar ao ver um bebê sorrindo. Mas as crianças crescem rápido, deixam de ser bebês em pouco tempo, e exigem um bocado de esforço por parte dos pais ou responsáveis por sua educação.
Esse é o ponto, educação. O que você acha que é educar uma criança? Ensinar bons modos, noções de urbanidade? Pedir por favor, com licença e dizer obrigado é importante, mas isso qualquer bandido é capaz de fazer.
Comparação ruim? Bandidos também foram bebês, provavelmente bonitos e frágeis, como são os bebês. Não é preciso compartilhar do pensamento espírita, nem ter noções de psicologia para saber que há casos excepcionais em que a educação, por melhor que tenha sido, e por mais eficiente que pudera ser com outras crianças, não consegue bons resultados sempre. Mas são exceções, não a regra.
A regra é que a educação exerce papel fundamental para o encaminhamento do espírito que retorna a Terra sob a aparência frágil de uma criança como meio de iniciar novo aprendizado, nova experiência, contando para isso com a boa vontade e o bom senso daqueles que as geraram ou que as tomaram sob sua responsabilidade.
Sob a fragilidade de uma criança está um espírito milenar, talvez mais experiente que você e eu, temporariamente esquecido de sua real condição. Não se lembra de suas vidas pretéritas, de seus amigos e adversários do passado, de sua ciência e experiência. Mas intimamente traz consigo sua bagagem cósmica, o adiantamento moral, intelectual e emocional que já tenha alcançado, que nunca é igual em duas pessoas, pois todos são diferentes, todos são únicos.
Em cima disso, dessa bagagem viva mas adormecida, é que devem os pais trabalhar para desenvolver, com o melhor proveito possível, as boas tendências, os aspectos positivos já desabrochados. E combater, com todas as forças, as más inclinações, as falhas de caráter.
Não é tarefa das mais simples. São espíritos lidando com espíritos. Mas é tarefa necessária, obrigatória, e que pode ser encarada como uma missão das mais importantes.
É triste ver quantos pais subestimam essa missão. É deprimente observar o desleixo com que muitos deles exercem seu dever. É revoltante notar que é comum que a maternidade/paternidade ocupe papel secundário.
Pode parecer dramático, mas é fato inegável: Cada fase na vida de uma criança é um período único, que não volta mais; cada dia é uma oportunidade que não merece ser perdida; cada momento, se bem aproveitado e conduzido, pode representar um importante passo no crescimento espiritual do serzinho sob nossos cuidados. Claro que a responsabilidade maior é dos pais, mas todos podem e devem contribuir com o que tiver ao seu alcance para bem orientar o rumo dos pequenos.
Quantas vezes você ouve pais se queixando dos filhos? Não podemos julgar, de jeito nenhum. Não sabemos o que se passa na vida íntima de ninguém. Mas é evidente que muitos deles, talvez a maioria, não investem no acompanhamento, na orientação. Acham que amor é fazer vontades. Que horrível! Isso ou é ignorância pura ou, pior que isso, é preguiça, a mais podre e devastadora preguiça, pois explicar, corrigir, adequar, repreender quando necessário, é coisa que dá trabalho, exige esforço, paciência, dedicação, amor!
Amor algum se traduz em coisas ou objetos. Amor é dar sempre o melhor de nós, o que de mais importante temos para oferecer, o máximo que conquistamos em nossa jornada espiritual. Não nos descuidemos. Cada dia é importante.