As bem-aventuranças são, talvez, o maior ensinamento de Jesus. Neste vídeo ofereço uma visão espírita sobre este verdadeiro tratado espiritual que nós encontramos no Evangelho de Mateus. Este é o 8º vídeo de uma série de 30 vídeos em que analiso e interpreto o Evangelho de Lucas. Mas as bem-aventuranças, particularmente, são tratadas com mais profundidade no Evangelho de Mateus. Utilizo, portanto, estes dois evangelhos. Quando seguirmos as lições de Jesus abordadas neste estudo, estaremos aptos ao nosso próximo estágio evolutivo, que é o reino de Deus.
Abaixo você pode ler todo o texto do vídeo.
CAPÍTULO 6
20. E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
21. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
22. Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.
23. Folgai nesse dia, exultai; porque eis que é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
Em Mateus, ao narrar este mesmo episódio, é dito que Jesus “subiu a um monte”, daí o título que ficou célebre de “o sermão do monte” ou “o sermão da montanha”, que, em Lucas, é às vezes chamado de “sermão da planície”, pois é dito, no versículo 17, que Jesus desceu a um lugar plano.
As bem-aventuranças, que estão entre as partes mais importante do Evangelho de Jesus, devem ser analisadas conjuntamente com o Evangelho de Mateus. Mateus trata deste tema com mais profundidade.
Fica evidente as diferentes intenções do Evangelistas Mateus e Lucas em relação a estes ensinamentos de Jesus.
Enquanto Lucas nos passa a ideia de uma consolação mais imediata, referente ao plano físico, uma consolação que diz respeito a todos nós, que vivemos ainda sob a predominância da matéria, Mateus nos traz um ensinamento extremamente elevado, que fala das coisas do espírito, que não nos trata como espíritos encarnados em busca de consolo para as nossas dores cotidianas, mas como espíritos imortais de passagem pela matéria, seres cósmicos imersos numa existência corporal, dignos de aprimoramento e crescimento espiritual através da conscientização e do autoconhecimento. Por isso Lucas diz que Jesus “desceu a um lugar plano” e Mateus diz que Jesus “subiu ao monte”.
O sermão da planície de Lucas é para o hoje, para o dia-a-dia. O sermão da montanha de Mateus é eterno, válido para todos os lugares e tempos, e é preciso elevar-se, é preciso “subir ao monte” para compreendê-lo
Ghandi disse que se todos os livros sagrados do mundo se perdessem e sobrasse apenas o Sermão da Montanha, nada estaria perdido. É verdade. Tudo o que precisamos para a nossa evolução espiritual está aí. E, dentro do Sermão da Montanha, as bem-aventuranças se destacam.
Conhecemos os reinos mineral, vegetal e animal, e estamos atualmente no reino hominal. O nosso próximo estágio evolutivo é o reino de Deus, em que o espírito há de predominar sobre a matéria. Jesus nos ensina, nas bem-aventuranças, o que devemos fazer para alcançarmos o reino de Deus.
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Lucas se refere a quatro situações absolutamente materiais, situações do cotidiano de muitas pessoas – os pobres, os que têm fome, os que choram e os que são perseguidos. Em contraponto a estas quatro situações, traz quatros oposições, quatro respostas contrárias:
24. Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.
25. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis.
26. Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas.
Por se tratar de questões materiais, de questões do plano físico, fica claro que as respostas se referem à Lei de causa e efeito. Não é comum acontecerem numa mesma existência essas promessas de Jesus.
Os pobres quase sempre permanecem pobres, os que têm fome podem continuar sentindo fome a vida inteira, os que choram nem sempre encontram motivos para deixar de chorar e muitos são perseguidos indefinidamente, justa ou injustamente.
Se achássemos que essas consolações se referem a um outro mundo, ao céu ou paraíso, teríamos que acreditar que Deus prefere os pobres, os que têm fome, os que choram e os que são perseguidos. Mesmo sem entender que mérito há em ser pobre, em ter fome, em chorar e em ser perseguido, teríamos que nos esforçar para vivermos nestas condições, do contrário, estaríamos perdidos.
Essas promessas de Jesus não teriam muito sentido se não considerássemos a reencarnação. Só a reencarnação explica suficientemente e sem artifícios teológicos a reviravolta nestas quatro situações abordadas por Jesus.
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Analisamos, agora, as bem-aventuranças de acordo com o Evangelho de Mateus:
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Mateus 5:3
Rohden argumenta que a melhor tradução é pobres pelo espírito, e não pobres de espírito ou pobres no espírito.
Pobres pelo espírito, ou seja, pobres por sua escolha, pelo seu livre-arbítrio, os que são pobres não por necessidade, mas por darem mais importância às coisas espirituais.
Um homem pode ser milionário mas totalmente desligado do dinheiro, ligado às coisas do espírito, pobre pelo espírito, ao mesmo tempo em que um homem pode ser um mendigo, morador de rua, e completamente apegado às suas tralhas, transferindo para as suas bugigangas o amor ao dinheiro que ele não tem.
Um rico pode não sofrer se vier a perder o dinheiro que tem, enquanto um pobre pode sofrer pelo dinheiro que não tem.
Não podemos pensar que Deus tem preferência pelos pobres. Essa ideia foi implantada ao longo dos séculos como forma de manter a massa sossegada, sem revolta. Mas os que pregaram e pregam ainda que Deus prefere os pobres quase sempre vivem muito bem, com muitos recursos materiais, nem sabem o que é ser pobre.
O apóstolo Pedro, provavelmente sob inspiração mediúnica, nos lembra que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34). Deus é imparcial, não toma o partido de ninguém.
Não há nada de errado em possuir dinheiro. O que é errado não é possuir dinheiro, mas ser possuído pelo dinheiro.
O Universo é fartura e abundância, e o dinheiro é uma energia neutra. Esta energia será negativa ou positiva conforme a aplicação que dermos a ela.
Pastorino adota a tradução proposta pelo rosacruciano José Oiticica, “mendigos do espírito”. São aqueles que já se conscientizaram e imploram pelas coisas do espírito, mendigam as coisas do espírito, procuram espiritualizar-se o mais que puderem.
Os pobres de espírito, então, são aqueles que já se conscientizaram e estão, pouco a pouco, se libertando do domínio da matéria e dando a importância devida ao espírito. São os que estão libertos da necessidade de posse material.
Os pobres pelo espírito, ou mendigos do espírito, que Champlim traduz como humildes de espírito, reconheceram, pela conscientização, a sua pobreza espiritual e tornam-se receptivos a Deus, receptivos ao seu Cristo interno.
Essa condição de receptividade provocada pela conscientização, essa ânsia pelas coisas espirituais é o que alicerça todas as demais bem-aventuranças.
Sem esta condição de pobreza pelo espírito não haveria condições de praticar ou vivenciar as outras bem-aventuranças.
“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados”. Mateus 5:4
Esta segunda bem-aventurança é consequência da primeira. Refere-se aos que choram pela conscientização do seu estado de mendicância espiritual. São tristes por reconhecerem, finalmente, o seu estado de indigência espiritual. Mas esta mendicância das coisas do espírito é ação. E é através da ação que progredimos. Tudo começa pelo pensamento. A conscientização se dá pelo pensamento. Mas a ação é imprescindível.
Os que choram serão consolados, porque, como disse Jesus, “quem procura, acha”.
E quem busca o consolo na realidade espiritual, depois de haver se conscientizado da sua natureza divina, encontra a cura para os seus males.
O sofrimento, embora não seja imprescindível, é o início da cura espiritual. O sofrimento é o estágio seguinte à revolta estéril.
Rohden diz que essa tristeza de que fala Jesus é uma tristeza toda espiritual, e ela é mais aparente do que real. É a tristeza de quem vive intimamente fora das ilusões da alegria material.
Essa tristeza e esse choro são ainda a constatação do estado de erro em que estaciona a humanidade, e a percepção de que todos nós já cometemos erros clamorosos. Mas se há a angústia pelo reconhecimento dos erros, há também o conforto do arrependimento e da disposição de consertar ou compensar o mal causado.
É o choro da angústia pelo reconhecimento de sua necessidade de evoluir em meio a inúmeras influências negativas.
Quem já se conscientizou sofre ao constatar os pensamentos dominantes na massa de espíritos encarnados e desencarnados. Quem já se deu conta da realidade espiritual chora intimamente ao perceber a influência nefasta que os grandes meios de comunicação exercem sobre a massa, a hipnose coletiva a que está docilmente submetida a humanidade, a maneira como a massa se deixa conduzir como se fosse gado indo para o matadouro, em direção ao consumo desenfreado, à busca pelas aparências, pelas exterioridades, pelas futilidades que o consumismo lhe apresenta como solução imediata para os seus problemas superficiais.
Os que choram já estão conscientes, e serão consolados a partir de seus próprios atos, pois já conhecem os meios de libertação da escravidão da matéria.
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Mateus 5:5
São mansos os que adquiriram consciência de sua pequeneza espiritual. Depois de milênios de ilusão material, depois de inúmeras experiências materiais personalísticas, interpretando os personagens mais diversos sem atender à sua própria intimidade, sem perceber a presença de Deus em si, sem suspeitar da existência do seu Cristo interno, agora reconhecem que são pequenos como seres individuais, mas gigantes pela sua natureza de filhos de Deus.
Desse reconhecimento, dessa conscientização desenvolve-se, vagarosamente, a submissão ao seu Cristo interno.
A mansidão é característica indispensável para quem pretende libertar-se do domínio da matéria. É a prevalência da consciência sobre os instintos.
O manso não perde a sua força, mas aprendeu a controlá-la e dirigi-la. Um cavalo que foi domado não perde o seu vigor, mas controla e direciona o seu vigor para uma direção determinada.
A mansidão pressupõe o abandono de toda e qualquer violência, da violência física, astral e mental, abre mão de qualquer pensamento negativo.
Assim como os pobres pelo espírito possuem dinheiro sem serem possuídos pelo dinheiro, os mansos possuirão a Terra, sem que a Terra os possua.
A mansidão pressupõe também a libertação ou abandono das emoções. A palavra grega que é traduzida como perdão nos Evangelhos é áfese (άφεση). Esta palavra, como já vimos, tem como seu primeiro significado “deixar ir”. Pode ser traduzida também como libertar, deixar para trás, abandonar.
Aquele que conquistou a mansidão libertou-se das emoções, deixou para trás as emoções. As emoções, mesmo as positivas, são sinal de atraso espiritual.
Os sentimentos são eternos e devem ser cada vez mais desenvolvidos, mas as emoções são típicas de nosso estágio de recém-saídos da animalidade.
Em nosso estágio evolutivo as emoções ainda podem ser necessárias, e são, muitas vezes, as emoções que fazem alguém se converter, conscientizar-se, mudar de vida.
Um discurso ou palestra emocionada pode convencer mais facilmente e atingir o espírito mais profundamente. Mas para alcançarmos o estado de mansidão temos que abandonar as emoções.
A mansidão é um passo além, quem conquistou a mansidão já não se emociona, tem um maior domínio sobre si mesmo, é espiritualmente maduro. Sente amor sem sentir paixão, sente uma íntima alegria sem deixar-se levar pala euforia.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos”. Mateus 5:6
Jesus se utiliza do principal e primeiro instinto animal para dar uma ideia da ânsia que alguém deve nutrir para conquistar essa justiça. A fome e sede é o instinto mais primário e o primeiro a dever ser satisfeito.
Quem tiver fome e sede de justiça será farto (ou saciado). Pastorino nos oferece em sua tradução a palavra justeza em vez de justiça. Ele afirma que o sentido da palavra é o de ajustamento às leis divinas, então é a fome e sede de ajustamento, ou melhor, de justeza, de ajustar-se, alinhar-se com as leis divinas.
Quem desejar ardentemente esse ajustamento com as leis divinas será saciado, será satisfeito no seu desejo, andará lado a lado com as leis de Deus.
Lembramos, aqui, que a quinta bem-aventurança é a misericórdia, e Pastorino acha que justiça e misericórdia não combinam. Acha que haveria contradição em ser justo e ser misericordioso.
Acreditamos que isso se aplica ao nosso dia-a-dia, ao nosso cotidiano material, mas não às leis de Deus.
A lei dos homens tem que ser justa, não misericordiosa. Quem comete um crime deve ser submetido à justiça; se for aplicada a misericórdia ao criminoso, não será feita a justiça.
Mas a misericórdia faz parte das leis de Deus. Talvez a característica de Deus de que nós mais nos beneficiemos seja exatamente a misericórdia.
Deus é justo e misericordioso ao mesmo tempo e não há contradição em Deus. Deus é justo através da Lei de causa e efeito, segundo a qual nós sempre colhemos o que nós plantamos, e Deus é misericordioso ao sempre nos oferecer novas oportunidades de recomeço.
A cada reencarnação, por exemplo, colhemos o que plantamos no passado, e nisso está a aplicação da Justiça de Deus.
Mas a chance de recomeçar num novo corpo, num novo meio, com o esquecimento do passado é a manifestação da misericórdia de Deus.
Essa fome e sede de justiça, para Huberto Rohden, é a atitude justa e reta perante Deus.
Devemos lembrar que a dor é um mecanismo de reajuste para com as leis de Deus. O caminho que leva a Deus é uma reta. Sempre que nos desviamos da estrada reta, enveredando em desvios e atalhos, experimentamos a dor. Mas assim que retomamos o caminho reto que leva a Deus nós nos livramos da dor.
Este ajustamento com as leis de Deus, esta fome e sede de justeza é a cura para as dores do espírito.
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”. Mateus 5:7
Esta bem-aventurança é resultado prático e imediato da Lei de causa e efeito. A lei de causa e efeito é seguidamente lembrada por Jesus, para que a registremos e tenhamos sempre em mente que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Lembremos alguns ensinamentos de Jesus neste sentido:
- “Todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão”. Mateus 26:52;
- “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão”. Lucas 6:37
- “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Mateus 6:12;
- “Com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo”. Lucas 6:38
E, aqui, “os misericordiosos obterão misericórdia”. Existem outras; estas são algumas.
Emmanuel nos aconselha a lembrar da misericórdia dos outros em relação a nós. Quase sempre somos incentivados, nos meios religiosos, no meio espírita em particular, a sermos misericordiosos, a praticarmos a misericórdia, quase sempre com a promessa de recebermos a misericórdia de Deus.
Mas não costumamos lembrar as inúmeras vezes em que nós recebemos a misericórdia dos outros. Quando os outros suportam a nossa antipatia, o nosso mau humor, a nossa má vontade, as nossas eventuais falhas de caráter, às vezes algum erro grosseiro, uma falta de educação ou atitude covarde. Quantos erros nós cometemos sem que tenhamos a consciência suficientemente acesa para percebermos estes erros, e, no entanto, outros os percebem e são misericordiosos conosco, sem que nós ao menos tomemos conhecimento disso.
A misericórdia é uma característica que leva à caridade. Quem age com misericórdia releva os erros alheios por compreender que esses erros são fruto da ignorância.
Rohden explica a Lei de causa e efeito afirmando que quanto mais se dá horizontalmente, mais se recebe verticalmente, ou seja, quanto mais se contribui com o desenvolvimento do próximo, que é o que está à nossa volta, encarnado ou desencarnado, mais se recebe do alto, pois ao darmos de nós mesmos nós nos elevamos vibracionalmente e ficamos mais próximos da espiritualidade superior.
Deus manifesta a sua infinita misericórdia nos concedendo novas oportunidades através da reencarnação, que é um ciclo de experiências, e através de ciclos menores como os dias e as noites.
Cada novo dia é uma nova chance que Deus nos concede para progredirmos. Por isso temos que aproveitar cada dia de nossas vidas tentando nos tornar melhores do que fomos na véspera.
Exercendo a misericórdia para consigo mesmo e para com o próximo, o espírito está se alinhando com Deus, está se tornando digno da misericórdia divina.
“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”. Mateus 5:8
O limpo de coração (ou puro de coração) já não é dominado pela matéria, já governa a si mesmo, libertou-se das emoções ao conquistar a mansidão, libertou-se do ego, e, ao libertar-se do ego, libertou-se das posses; é pobre pelo espírito.
Nada material lhe pertence, nenhuma pessoa lhe pertence.
Não tendo posses, não sendo escravizado a afetos egoísticos, nada nem ninguém tem poder sobre ele. Sente que é parte de Deus e manifesta o poder de Deus nas suas relações interpessoais.
Não podemos confundir essa pureza de coração com questões sexuais. Algumas mentes sujas acham que o limpo de coração é a pessoa casta, a pessoa que não tem contato sexual.
Sexo não é sujo nem impuro. Sexo é energia divina e se praticado com afeto é manifestação e vivência do amor de Deus.
Deus creou o sexo e o sexo é bom. Sexo com afeto é divino. Sexo apenas por desejo é instinto animal.
Os puros de coração talvez não sintam mais necessidade da prática sexual devido à sua elevação espiritual. Mas esse abandono da prática sexual é apenas uma consequência da sua pureza conquistada, não é causa ou motivo de pureza.
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”. Mateus 5:9
Rohden nos lembra que ninguém pode ser pacificador de outros se não for pacificador de si mesmo.
A paz individual produz a paz social. Sociólogos e especialistas das mais diversas áreas oferecem teorias e mais teorias visando a melhora da sociedade.
Por mais bem-intencionados que sejam, e por mais verdadeiras que sejam as bases dos seus estudos, a sociedade não pode ser mudada em bloco. A sociedade é formada pelos indivíduos, é a soma dos indivíduos, e só a melhora dos indivíduos pode melhorar a sociedade.
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Estas são as sete bem-aventuranças contidas no Evangelho de Mateus. As duas últimas não serão analisadas aqui por se tratarem de decorrência natural destas sete, nada trazendo de original. Damos prosseguimento, agora, ao estudo de Lucas.
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